Pedras nos rins podem ocorrer por questões genéticas ou por dieta inadequada

 

Foto: Reprodução

Uma doença muito comum é a litíase renal, também conhecida como cálculos ou pedras nos rins, causada pela cristalização de sais minerais presentes na urina. 

Segundo o Dr. Carlos Eduardo Santin, médico cirurgião geral com subespecialidade em urologia do Pilar Hospital, a litíase renal ocorre pela hipersaturação de minerais na urina, por um distúrbio metabólico, principalmente na filtração.

“Os cálculos podem ser formados por vários minerais. O mais comum de todos, que ocorre em 80% a 85% dos casos, são os cálculos de oxalato de cálcio, seguido por cálculos de ácido úrico, de estruvita, de cistina, entre outros. Estes são os principais”, comenta o médico.

Pacientes masculinos apresentam mais chance de ter litíase renal, que pode ocorrer em todas as etapas da vida, mas é constatada com mais frequência em adultos com idade entre 20 a 40 anos. 

Quanto aos fatores ou hábitos que contribuem para a incidência, Dr. Carlos Eduardo informa que não há apenas uma causa, sendo uma doença de origem multifatorial. 

“A dieta é o fator mais importante, mas também há fatores quanto à genética, à hereditariedade, além de algum distúrbio de paratireoide e distúrbios de metabolismo de cálcio, que podem surgir e evoluir com formação de pedras dentro do sistema urinário”, explica.

Em relação à dieta, o médico alerta para a ingestão de sal, que não deve ser realizada em demasia devido ao sódio, que é um dos principais responsáveis pela formação de cálculos. 

O médico comenta sobre um mito que diz que pacientes com pedras nos rins não devem ingerir cálcio, pelo fato dos cálculos serem feitos deste elemento. “Isso é um erro. 

O que acontece é que o cálcio é precipitado de acordo com a presença do sódio na urina. O grande vilão da litíase é o sódio. Às vezes pode haver malefício na suspensão errônea de medicamento com cálcio, como osteoporose, por exemplo”.

Dr. Carlos Eduardo também orienta para evitar comidas enlatadas e industrializadas, além de reduzir a ingestão de carne vermelha, que é um fator formador de litíase urinária. 

“A proteína de carne vermelha é tóxica ao rim desde que ingerida em excesso. Não é para parar de comer carne, que tem suas benesses, mas sim variar o tipo de carne com frango, peixe, porco, e não somente carne bovina”, recomenda. 

Além disso, o ideal é ingerir de 2 a 3 litros de líquidos por dia”, complementa.

O diagnóstico da litíase renal é feito por meio de exames de imagem, de urina e de sangue. O médico relata que a maioria dos casos são descobertos em pacientes com crise, que chegam ao pronto socorro com muita dor, associada a náuseas, vômitos, entre outros sintomas. 

“O cálculo dentro do rim não dói na maioria das vezes. O que causa dor é o cálculo que desce pelo ureter, um canal que vai do rim a até a bexiga. Um cálculo nesta parte do corpo faz obstrução do fluxo urinário”, relata. “O tratamento depende da posição, formação e densidade do cálculo. 

Na maioria das vezes, a necessidade de tratamento é endoscópico, por endourologia, em que é realizada uma cirurgia sem corte”.

Fonte: correiodocidadao.com.br

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